Imagem da Internet |
“O Sábado é muito mais que um descanso físico, mas o
descanso que só Deus pode proporcionar e só os fiéis podem desfrutar.”
Semana passada falamos sobre o Sábado, sua bênção especial,
o descanso de Deus que usufruímos e a necessidade que temos desse dia.
Conversando com uma pessoa sobre o Sábado e suas implicações
diante de Deus, ao tocar na questão do trabalho e descanso essa pessoa me indagou:
“Mas Jesus fez milagres no Sábado, então Ele trabalhou no Sábado”. A verdade é
que essa não é a primeira vez que ouço isso e hoje, como estamos entrando nas
horas sabáticas (biblicamente o dia muda ao pôr-do-sol, agora é noite de sexta-feira),
nada como novamente refletir sobre isso. O interessante que independentemente
de sua religião ou credo você pode ler isso tranquilamente, pois não vamos aqui
falar de opinião, mas de Bíblia ok?
Para entender o “trabalho sabático de Cristo” primeiro
precisamos entender a instituição do Sábado. Ele não foi instituído apenas para
os hebreus, na verdade foi para Adão e Eva e esses representavam a totalidade
da humanidade. Basta ver Gênesis 2:1-3 e verá que Adão e Eva foram criados no
sexto dia e no Sétimo descansaram, do que? De nada, haviam sido criados algumas
horas antes, ou seja, eles descansaram o descanso de Deus, o Sábado nos
proporciona um descanso que cama alguma pode o fazer, pois é Deus que nos dá.
Ao contrário do que muitos pensam não descansamos no Sábado apenas para ter
energias e suportar mais 6 dias da semana de provas, lutas e tentações, mas
trabalhamos seis dias nos preparando para o descanso sabático, passamos a
semana trabalhando, estudando e fazendo tudo o que temos que fazer justamente
para desfrutarmos do descanso que o Sábado proporciona. Evidência disso ao
estudarmos a criação e no monte, quando Moisés recebe as tábuas.
Na criação, a forma como Deus fez e inspirou o
profeta Moisés a escrever é justamente criando uma expectativa para o que viria
no final, o leitor é levado a esperar por algo especial e esse algo especial é
a culminação, comemoração da criação: o sétimo dia que Deus “descansou,
santificou e abençoou”.
No monte. Passados os anos o povo foi cativo do Egito
e a cultura do país foi forte influencia sobre a nação que ficou por volta de
400 anos cativa. Então, após ser liberto, o Deus zeloso percebe a necessidade
de relembrar o povo de Seus mandamentos para que sejam protegidos pela Lei
e nela temos o 4º Mandamento: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar.” Êxodo
20:8. Esse “lembra-te” é de cunho pessoal, Ele não disse lembrem-se, mas “te”,
ou seja, cada um se lembre, é também para recordarem e nunca mais esquecerem
que “até que o céu e a terra passem...” (Mateus 5:18) essa Lei estaria em vigor.
Mas o mandamento do Sábado (sétimo dia)
não tem só o verso 8, mas até o verso 11 de êxodo 20. E novamente, assim como
na criação (primeiro foram os dias de criação) primeiro o autor fala dos dias
de trabalho – “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.” Verso 9 – então chega
o ápice de todo momento: “Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus;”
verso 10 – assim como na criação Deus descansa, abençoa e santifica o “sétimo
dia”. A mesma construção, a mesma linha e a mesma adoração e reconhecimento de
Deus como Criador e também o mesmo descanso proporcionado por Deus. O detalhe é
que o verso continua: “não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem
a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o
forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os
céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por
isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” Versos 10 e 11.
Jesus aparece muitos anos depois dizendo que não veio
mudar a Lei, mas é acusado de trabalhar aos Sábados por curar (Lucas 13:10-17),
e de ser permissivo quando os discípulos colhem milho no Sábado (Lucas 6 1-5).
Primeiro convido você a orar e ler ambos os casos.
Primeiro os discípulos. Eles colhiam e comiam as
espigas e não colhiam e vendiam. É o mesmo que eu passar por uma macieira no
Sábado e colher uma maçã para comer, não tem nada de trabalho nisso, mas
desfrutando da criação de Deus no dia de Sábado. Vveja a resposta de Jesus aos
indagadores fariseus que são chamados pela Bíblia de seita (Atos 15:5) e tudo fica
bem claro, que o problema não estava em colher para comer no Sábado, mas no
coração das pessoas que diversas vezes os evangelhos deixam claro que estavam
buscando um meio de encontrar algum erro em Jesus.
Agora as curas de Cristo. Após Jesus curar a mulher possessa,
advinha quem entra em cena: o chefe da sinagoga, que fazia parte dos amantes da
Lei acima do Deus da Lei. Ele diz que assim como devemos trabalhar seis dias as
pessoas deveriam ser curadas apenas nesses seis dias, mas no Sábado não. Ele
definitivamente não vivia a essência do Sábado e Jesus entra em cena e o
desmantela chamando de hipócrita. Ao os lembrar que assim como eles cuidavam de
suas criações aos Sábados (e não pela vida delas, mas por causa do comercio)
Ele havia curado aquela mulher que era presa pelo inimigo 18 anos (ao contrário
deles, Jesus fez pela vida e bem estar dela e não por comércio).
Jesus era carpinteiro, mas aos Sábados não fazia carpintaria,
aos Sábados ele curava como vimos, Ele ia à igreja (Lucas 13:10; 4:16 e 31).
Ele tirava o Sábado para adorar de maneira especial, para se reunir com Sua
família e irmãos, para arrazoar das Escrituras e para fazer bem ao próximo.
Esse é o Descanso de Deus. Podemos fazer isso qualquer dia da semana, mas no
Sábado devemos fazer isso, pois é o mandamento que pertence a Lei do amor, que
reconhecemos Deus como Criador e temos o privilégio de descansar o descanso do
Senhor.
Desejo que você prove da maravilha que é guardar o dia de
Sábado e prove do descanso do Senhor. Procure uma Igreja Adventista mais perto
de você e tenha o privilégio que muitos ainda não possuem por falta de
conhecimento.
Que Deus te abençoe e te guarde, e lembre-se:
"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra
que daí da boca de Deus." (Mateus 4:4). Bom descanso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário